A palavra “pastor” é uma figura metafórica para se referir àquele que cuida e orienta suas ovelhas contra as sutilezas do lobo. Além disso, um dos maiores atributos do seu dom é o de promover bons pastos garantindo a saúde das ovelhas.
O pastor bem sucedido não é meramente o que desenvolve um ofício, mas o que desenvolve um dom, o de pastoreio (Ef 4. 11). Porque existe sutil diferença entre o exercício do dom e do ofício. Enquanto o ofício se aproxima da realização do dever, o dom do pastoreio está ligado ao cumprimento da vocação divina que, se bem entendida, será levada a bom termo com alegria, ainda que as dores façam parte da trajetória.
O ofício sozinho pode ser infrutífero, mas ele se torna uma ferramenta se for regido pelo dom; assim como a burocracia e administração eclesiástica pode minar toda energia, mas se o dom estiver na liderança, eles serão utensílios a favor de uma estrutura competente, além de espiritual.
O dom de pastorear toca com amor o coração e a alma da ovelha, mas se ofício estiver sozinho, a lã e a gordura que se cuidem! O pastor sem dom não se envolve, não se relaciona, não tem empatia, não compreende, não alimenta, não cuida, não chora quando a ovelha se extravia, não busca solução para melhorar o conforto do rebanho. O pastor apenas de ofício pode se tornar briguento, politiqueiro, problemático, ditador, prepotente, reclamador crônico e maledicente. Mas os únicos inimigos do pastor vocacionado são as contendas e o pecado (1 Tm 3. 3).
O pastor verdadeiro não tem apenas olhos de amor voltados para as ovelhas, mas olhar crítico e estratégico quando aparecem lobos vestidos de ovelhas querendo saquear o aprisco. Entretanto, o pastor falso vê o perigo e, abandonando o cajado e o rebanho; foge tentando salvar apenas a sua pele.
(Rev. Abner Carneiro)
MACKENZIE E POSIÇÃO DA IPB SOBRE A HOMOFOBIA
Há 13 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário