quinta-feira, 24 de junho de 2010

Igreja não é templo

Quando Jesus utilizou a palavra “igreja” pela primeira vez (Mt 16. 18) destacou sua natureza espiritual e estabeleceu líderes que dariam continuidade aos valores do reino.

Nos primeiros trezentos anos de sua existência, a igreja não possuía local de-finido para se agrupar, mas a adoração, a comunhão e os princípios cristãos estavam bem definidos na conduta de cada discípulo e a maioria conhecia a formalidade religiosa do judaísmo da época.

Quer nas catacumbas de Roma ou ainda em casas (At 2. 42, 47; 5. 42; 1 Co 16. 15, 19; Fm 1. 2) formava-se uma oportunidade de comunhão tal que os resultados espi-rituais da alegria e a singeleza de coração eram inevitáveis.

A verdadeira igreja é composta de pessoas com o coração inflamado pelo Es-pírito Santo, cuja atitude contemplativa ultrapassa o mero desfile de moda e de estilo de beleza. A verdadeira igreja é também uma família da fé, reunida para render louvores, a-prender da palavra, comunicar amor e aconselhamento mútuos (Cl 3. 16) e, à medida que ela perde este foco, a reunião perde o sentido.

A igreja é feita de gente que se importa, ora, chora, aprende, se arrepende, se alegra, ministra uns aos outros; mas quando ela perde seu verdadeiro ideal, paredes e tijolos se tornam mais importantes, conversas sobre futebol, culinária e moda tomam o lugar da reflexão bíblica e, o que é pior; pessoas se tornam alvos de fofocas quando deveriam ser alvos de nossa ajuda, apoio e oração.

Templo não é igreja porque suas paredes frias, em si mesmas não adoram, não reverenciam, não se alegram; mas na congregação reunida, o templo reveste-se de signi-ficado e Deus apresenta-se como quem recebe o tributo do seu povo, sendo que a Igreja, (não o templo) torna-se a habitação de Deus na reunião comunitária. Ele estará atento a cada oferta individualmente, ainda que o coletivo se apresente no templo.
(Rev. Abner Carneiro)

Quem nunca esteve ansioso?

Por que a ansiedade é tida como o mal do século XXI? A resposta básica para esta pergunta está na competividade. Segundo Salomão, toda sorte de trabalho e realização nasce da competição entre as pessoas, entretanto, a competição não vai muito além da futilidade absurda (Ec 4. 4).

Fica fácil perceber o ridículo da competição entre as pessoas, responsável pela neurose dos nossos dias, porque no fim de tudo descobre-se que o bem mais almejado não era propriamente o palpável, mas aquele que promove satisfação interior. No entan-to, os mais brutos, vivendo numa selva de ilusões traduzidas pelo materialismo, sempre depositam suas realizações em coisas em lugar de pessoas, por isso, tratam pessoas como objeto e coisas como se fosse gente, razão pela qual vivemos a mais intensa crise de relacionamentos jamais vista desde o início da civilização.

Os efeitos diretos da ansiedade aparecem na forma de consumo, porque tem gente que só consegue diminuir sua ansiedade a expensas do cartão de crédito. Outros se atolam no trabalho, justificando suas ações no famigerado jargão de que “o trabalho dignifica o homem”, mas ignora que o anti-social acaba se enforcando no pequeno mundo da alienação.

Mas a ansiedade também pode aparecer quando enfrentamos o medo, assim como os tripulantes do navio que navegava para a Itália e foram tomados por uma tempestade e naufrágio. Paulo, no entanto, aquietou o coração de todos garantindo que nenhuma vida se perderia (At 27. 22). Por isso, orienta que nossas orações, e não os “tarja preta” funcionem como remédio que amenizam a ansiedade e o medo (Fp 4. 6). Da mesma forma Pedro aconselha a lançarmos a ansiedade em Cristo porque tem cuidado de nós (1 Pe 5. 7).

Vivendo pela fé é possível não apenas buscar o reino e sua justiça como ne-cessidade primária (Mt 6. 33) que minimiza a ansiedade, mas ainda como ferramenta que subjuga a competividade selvagem e o medo circunstancial, porque em todos estas coisas cremos na providência como a mão visível que nos controla e nos coordena.
(Rev. Abner Carneiro).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novo cântico...

Se chama " O Melhor de Deus ainda está por vir" do cantor Kléber Lucas.
Segue abaixo a letra e a música.



Alegrai-vos, filhos de sião
Regozijai-vos no senhor
Porque ele vos dará,
Em justa medida, a chuva...a chuva...
a chuva...a chuva...

As eiras se encherão de trigo..houooo
E os lagares transbordarão
De óleo e vinho

Restituirei os anos
Que foram consumidos
E lhes mostrarei
A minha salvação
E sabereis que

O melhor de Deus ainda está por vir...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O pastor, na prática

A palavra “pastor” é uma figura metafórica para se referir àquele que cuida e orienta suas ovelhas contra as sutilezas do lobo. Além disso, um dos maiores atributos do seu dom é o de promover bons pastos garantindo a saúde das ovelhas.

O pastor bem sucedido não é meramente o que desenvolve um ofício, mas o que desenvolve um dom, o de pastoreio (Ef 4. 11). Porque existe sutil diferença entre o exercício do dom e do ofício. Enquanto o ofício se aproxima da realização do dever, o dom do pastoreio está ligado ao cumprimento da vocação divina que, se bem entendida, será levada a bom termo com alegria, ainda que as dores façam parte da trajetória.

O ofício sozinho pode ser infrutífero, mas ele se torna uma ferramenta se for regido pelo dom; assim como a burocracia e administração eclesiástica pode minar toda energia, mas se o dom estiver na liderança, eles serão utensílios a favor de uma estrutura competente, além de espiritual.

O dom de pastorear toca com amor o coração e a alma da ovelha, mas se ofício estiver sozinho, a lã e a gordura que se cuidem! O pastor sem dom não se envolve, não se relaciona, não tem empatia, não compreende, não alimenta, não cuida, não chora quando a ovelha se extravia, não busca solução para melhorar o conforto do rebanho. O pastor apenas de ofício pode se tornar briguento, politiqueiro, problemático, ditador, prepotente, reclamador crônico e maledicente. Mas os únicos inimigos do pastor vocacionado são as contendas e o pecado (1 Tm 3. 3).

O pastor verdadeiro não tem apenas olhos de amor voltados para as ovelhas, mas olhar crítico e estratégico quando aparecem lobos vestidos de ovelhas querendo saquear o aprisco. Entretanto, o pastor falso vê o perigo e, abandonando o cajado e o rebanho; foge tentando salvar apenas a sua pele.
(Rev. Abner Carneiro)

Ministério de Planejamento e Marketing

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