“Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto” (Pv 20. 11).
Achamos engraçado ver crianças agindo e falando como adultos, mas não se deve ignorar os perigos que se escondem atrás da ingenuidade.
Crianças que dominam computador, internet, celular e tantos outros eletrônicos com naturalidade; por um lado demonstram interação com o meio social, mas por outro, podem perder o interesse por atividades que demandam concentração e a persistência.
Educadores afirmam que a infância é a fase do depósito dos grandes valores e, sendo assim, obviamente pais cristãos são responsáveis por forjar em seus filhos um caráter que subjuga a modernidade.
Se a criança não for treinada a desenvolver o senso crítico e a interpretação correta terá dificuldades não apenas com a formação moral, mas ainda com o mercado de trabalho. Não pela tecnologia em si, mas por não sabermos aliar seus avanços às leis de ensino e até mesmo às regras adquiridas em família, a internet tornou-se uma vilã da educação, quando deveria ser sua aliada.
É justo que pais cristãos se preocupem com a formação profissional de seus filhos, a fim de que cumpram o mandato cultural, como bons vice-regentes. Igualmente justo é que o mandato espiritual seja o carro chefe de toda ação, para que eles subjuguem os riscos do mundo moderno.
Sendo assim, precoces na mídia como a menina Maisa em nossos dias e como Macaulay Culkin, do filme Esqueceram de Mim que marcou a geração dos anos noventa, não precisam ser imitados; mas personalidades que atravessaram milênios, como Samuel que desde a infância ministrava os serviços sagrados (1 Sm 2. 18), e como Daniel que manteve princípios adquiridos na infância em meio a uma geração pagã (Dn 1. 18); estarão sempre em relevo não apenas porque atravessaram gerações, mas porque os preceitos de sucesso que observaram são válidos ainda hoje.
(Rev. Abner Carneiro).
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