sexta-feira, 16 de abril de 2010

Se fosse meu pai...

“Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai (...)” (1 Tm 5. 1).

Se fosse meu pai recebendo meu pastoreio diariamente faria dessa relação uma espécie de medicina que trata a ferida, mas evita a amargura.
Poria mel na vara da severidade. Faria com que a autoridade pastoral fosse conquistada com respeito e carinho mútuos.

Mostraria que o dom de ensinar não foi dado a todos, por isso estaria sempre pronto a mostrar-lhe que a submissão entre os membros do corpo de Cristo não é apenas dever de todos, mas esperado dele em maior medida em proporção à sua idade e antigo convívio com os demais.

Com profundo respeito e com meus olhos nos sulcos do seu rosto sofrido e experiente diria sempre que para cada época o antigo evangelho precisa se adaptar à realidade de uma sociedade em transformação, mas o deixaria seguro de que jamais um jovem pastor, se foi salvo pela graça, ousaria trocar qualquer parte da Bíblia por uma ciência qualquer.

Sentado com ele no banco da praça, diria que pastor que é pastor tem sempre uma forma de tratamento para cada idade — aos idosos, tratando com decoro, aos mais jovens; com moderação, às idosas com a mesma ternura recebida das mães, às moças com toda pureza e; às viúvas com um cuidado especial.

Com brandura e evitando me impor, o encorajaria a fazer da velhice não uma carta de permissão para a intolerância e a rabugice, mas de recomendação para a serenidade, a objetividade e a singeleza. E que ele já não é mais admirado por sua beleza e força, senão pelos bons exemplos consolidados.

Sabendo que o jovem tem a verdade, mas é comum que se atrapalhe ao aplicá-la, e que o idoso, tendo a experiência; já não se lembra dos caminhos por onde trilhou faria com ele um acordo da verdade com a experiência, lembrando dores e prazeres, erros e acertos pelos seus caminhos de outrora, a fim de que seja tolerante com os que ainda passam por eles, e conselheiro quando a verdade esbarrar na crise dos excessos.

Observando no rosto paterno o orgulho de um filho em quem valeu à pena empregar tempo revertido em valores de berço, educação, religião e temor a Deus; gostaria muito que este orgulho estivesse na face do meu pai biológico, mas porque não o tenho neste aprisco, aplico aos meus pais espirituais.
(Rev. Abner Carneiro).

Um comentário:

  1. Cara Rafa... Valeu. Você foi voloz na postagem... muito bom ter colocado mais informações sobre o dia da família... Grande abraço.

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